domingo, 22 de janeiro de 2012

Tirania mental sobre o coração

O homem adotou os ideais da revolução pós-industrial, os quais definiam os seres humanos como meios de produção (marxismo) e consumidores (capitalismo), relegando a espiritualidade a uma posição secundária na vida humana. O valor humano passou a ser o que ele produz e consome, e nada além disso. Por esse motivo, hoje ter é mais importante do que ser.

As conquistas humanas passaram a ser tão somente o acúmulo de possessões (realidade perecível,provisória e esgotável), e a busca pela essência do ser (realidade perene, permanente e duradora), ou seja, aquilo que é pessoal e intransferível perdeu seu status nesta nova organização social. A mente humana foi reprogramada para aderir as concepções básicas de consumo, ou seja, obedecer aos critérios prescritos pelos arquitetos da cultura de massa. As lutas e os esforços se intensificaram pelo valor das aparências, que por serem perecíveis (temporárias), geraram um acúmulo sobre-humano de trabalho para manter o “status aparente” que não resiste ao ciclo de renovações impostos pela tecnologia e ciência.

O homem moderno é um robô de forças insidiosas negativas que se escondem por detrás da mídia e do poder econômico, que pensam no ser humano como um meio de aumentarem a audiência televisiva ou o consumo de seus produtos. Essas forças manipulam nossas consciências, injetam novas noções de prestígio, despertam a cobiça , o desejo sexual compulsivo , a luxuria e os excessos por substâncias entorpecentes – que se encontram no fastfood e consumo de bebidas artificiais; elementos que visam despertar no ser humano seu lado instintivo que o tornam um robô perfeito para experimentos condicionados e subversivos da natureza animal e instintiva. Um ser comandado pela vontade desenfreada, patrocinada pelo poder oculto, é mais fácil de controlar.

A característica perecível da realidade material atingiu o cerne da vida social humana e a insatisfação total dominou a psique humana. Hoje, a maioria das pessoas se veem reclamando da labuta infernal e sem sentido em que suas vidas se tornaram, mas não conseguem controlar em si os efeitos entorpecentes da cultura plástica.

A voz do coração, o único elo entre o homem e sua origem divina – segundo o mestre Manuel Jacinto Coelho – não consegue ser ouvida pelo cérebro humano, que se encontra totalmente alienado pelas intempéries eletromagnéticas, produzidas pela televisão, radio e celulares.2012 será o ano em que essa guerra eletromagnética atingirá seu ápice na sua missão de alienar o cérebro humano do coração.

Essa polaridade entre cérebro e coração causou esta separação entre os seres humanos que começaram a ver no seu semelhante somente a roupagem, a moda, o estilo, o status, as posições etc..., enquanto que a capacidade de ver o próximo pelo coração ofuscou definitivamente as relações humanas naturais. Uma nova forma de viver se instalou entre os animais racionais, onde toda a moral e comportamento foram padronizados segundo requisitos de obtenção material e financeira.

Mas, tudo isso só foi possível porque o cérebro conseguiu sua supremacia sobre o coração. Os ideais da Revolução Francesa de Liberdade, Igualdade e Fraternidade se dividiram em três mundos: os ricos (capitalistas) lutando pela liberdade; os comunistas lutando pela igualdade e os pobres lutando pela fraternidade.

2012 será um ano em que a fraternidade se tornará o propósito último da humanidade, pois aquilo que vinha em terceiro lugar ocupará sua posição de primazia na recuperação do mundo, esgotado pela ganância e avareza econômicas, que tornaram o ser humano um ser insensível e vazio de sua essência humana e natural. Tragédias, medo, terror e violência são legados dessa cultura profana que isolou um ser do outro. Será , portanto , na ação de ajuda mútua e espírito coletivo que conseguiremos quebrar o gesso mental que envolveu o coração humano, e devolver ao coração a custódia total de nossas relações pessoais e familiares.

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